Verônica Dantas explica como economizar de forma mais inteligente, não mais árdua
Em um mundo no qual o custo de vida aumenta com frequência e o tempo parece cada vez mais escasso, economizar virou uma necessidade — mas nem sempre é uma tarefa fácil. Muitas pessoas acreditam que poupar dinheiro significa abrir mão de tudo, viver no limite e fazer sacrifícios constantes. No entanto, segundo a especialista em finanças Verônica Dantas, economizar não precisa ser sinônimo de sofrimento: o segredo está em economizar de forma mais inteligente, não mais árdua.
Verônica destaca que o primeiro passo para transformar a relação com o dinheiro é compreender para onde ele está indo. "Não dá para economizar sem consciência financeira", afirma. A ideia é simples: antes de cortar gastos, é preciso identificá-los. Isso pode ser feito com uma planilha, aplicativo ou até com anotações em um caderno — o importante é registrar. Esse mapeamento revela hábitos muitas vezes invisíveis, como pedidos frequentes de delivery ou assinaturas que nem são utilizadas. Ao enxergar com clareza para onde o dinheiro está indo, torna-se possível ajustar o orçamento com inteligência, em vez de viver apenas de cortes radicais.
Outro ponto defendido por Verônica é priorizar gastos, não eliminá-los completamente. Ela alerta que a mentalidade de restrição total costuma gerar frustração e desistência. Em vez disso, a especialista sugere que cada pessoa identifique o que realmente importa em seu estilo de vida. "Economizar de maneira inteligente é alinhar o dinheiro com o que você valoriza. Se viajar é algo essencial para você, talvez valha a pena cortar gastos menores em áreas menos relevantes, como compras impulsivas ou consumo excessivo de serviços por conveniência."
Para facilitar essa priorização, Verônica recomenda a regra dos 3 pilares: necessidades, qualidade de vida e futuro financeiro. Essa divisão ajuda a equilibrar responsabilidades, bem-estar e planejamento. Gastos essenciais — como moradia, alimentação e transporte — entram no primeiro grupo. No segundo, estão hobbies, lazer e experiências que contribuem para a qualidade de vida. Por fim, investimentos, reservas de emergência e metas de longo prazo compõem o terceiro pilar. Assim, em vez de sentir culpa por gastar com prazer, o consumidor passa a agir com consciência.
Além disso, Verônica enfatiza a importância de automatizar o processo de economia. Segundo ela, contar apenas com disciplina e força de vontade é um dos maiores erros. Automatizar transferências para uma conta de investimentos ou poupança evita a tentação de "usar primeiro e guardar o que sobrar". Como ela afirma: "Você não economiza o que sobra. Você economiza antes de gastar."
Outro aspecto fundamental para economizar de maneira inteligente é buscar formas de reduzir custos sem perder qualidade. Verônica incentiva comparar preços, negociar contratos e revisar serviços periodicamente. Muitos consumidores mantêm planos caros por anos por pura inércia. Trocar operadora, renegociar tarifas bancárias ou cancelar serviços duplicados são ações que geram economia real sem afetar o cotidiano.
Para quem deseja ampliar sua renda, Verônica também sugere olhar além do corte de despesas e considerar o aumento da receita como parte da estratégia financeira. Aprimorar competências, buscar freelas ou transformar hobbies em fonte de renda são formas de acelerar resultados. "Economia não é apenas cortar, é ganhar poder de escolha", ressalta.
Ao final, ela reforça que o objetivo de economizar não é ter mais dinheiro parado, mas construir liberdade. Economizar de forma inteligente significa ter tranquilidade para tomar decisões que façam sentido para a própria vida: viajar, investir, empreender ou simplesmente viver sem dívidas.

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